11/06/2012

Ministros da Educação do Mercosul querem índice regional de avaliação



LUANA LOURENÇO - AGÊNCIA BRASIL - 07/06/2012 - BRASÍLIA, DF
Ministros da Educação de países do Mercosul defenderam hoje (7) a criação de um índice de avaliação da qualidade educacional específico para países da América Latina, em contraponto ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), avaliação internacional feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países e o Brasil ficou em 54° lugar.
Para os ministros do Mercosul, que participam da 42ª Reunião de Ministros da Educação do bloco, em Buenos Aires, é preciso criar um índice de avaliação que considere condições regionais. A proposta, apresentada pelo ministro argentino Alberto Sileone, teve apoio de representantes do Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela.
O ministro Aloizio Mercadante defendeu, na abertura da reunião, que os colegas do bloco também criem uma comissão para discutir os critérios de avaliação do Pisa, como a metodologia e a seleção de questões aplicadas em cada país.
Mercadante também sugeriu, de acordo com o Ministério da Educação, a criação de novos programas de bolsas de estudo para estudantes do Mercosul, a troca de material pedagógico e um programa de intercâmbio para professores da educação básica entre os países do bloco.

06/06/2012

Cespe/UnB é colocado em xeque

Fonte: Folha dos ConcursosPolêmica envolve o novo sistema de avaliação proposto pela organizadora
03/06/2012 01:13 -
JC&E - O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Ces­pe/UnB) pretende implantar, a partir do segundo semestre deste ano, sistema informatizado para avaliar os inscritos em concursos públicos.

Conhecido como CAT, na sigla em inglês, o padrão de Testes Adaptativos Computadorizados está em uso nos Estados Unidos há cerca de dez anos, e demorou três anos para ser adaptado pela banca às necessidades brasileiras. “O CAT se utiliza da chamada Teoria da Resposta ao Item (T.R.I.), que é a mesma utilizada no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Nele, é criado um banco de itens e estabelecida uma matriz sobre o que pretende ser analisado, por meio da utilização de descritores. Os descritores são parâmetros definidos para cada questão, aptos a relacionar a habilidade do candidato sobre o assunto e a buscar, no banco de dados, a questão mais apropriada para dar continuidade à avaliação”, explica o coordenador de pesquisas em avaliação do Cespe/UnB, Marcos Vinícius Araújo.

De acordo com a lógica seguida pelo sistema, não haverá uma sequência de perguntas comum a todos os candidatos. “Aos pesquisadores coube a função de elaborar um algoritmo, que é o ‘cérebro’, a inteligência do processo e também o responsável por calcular todo o desempenho durante a realização do teste. O candidato responde à questão e as próximas perguntas são atribuídas de acordo com todo o histórico de respostas. No fim, surge o grau de proficiência, que determina a aptidão do indivíduo a realizar tais e tais tarefas”, revela Araújo.

Segundo o coordenador, a avaliação pelo nível de proficiência não permitirá a divulgação do gabarito. Depois de assinalar as respostas que julgar corretas, o concursando não poderá rever a prova e nem interpor recursos. “Uma vez respondida a questão, o candidato não terá mais acesso a ela, até porque prejudicaria a proficiência do participante ao final. Os gabaritos não serão mais disponibilizados. Ao final, o candidato saberá sua pontuação, mas não a dos outros. Nessa metodologia, se pressupõe que não haverá a possibilidade de recursos porque todas as questões já estarão exaustivamente testadas e calibradas. É como no Enem, onde não há gabarito, nem ambiguidade”, diz. A privação ao direito de interpor recurso é apenas um dos pontos polêmicos que envolvem o sistema a ser adotado pelo Cespe. A lista se estende às preocupações quanto à segurança - devido a ação de hackers, vírus e instabilidades no sistema; armazenamento das provas; logística e abrangência de aplicação das avaliações; manutenção ou redução no valor das taxas de inscrição, entre outras dúvidas.

Cheia de benefícios ou desvantagens, dependendo do prisma em que o olhar e a visão de mundo alcançam, a nova tecnologia é uma quebra de paradigmas que permite romper com a estrutura de concursos públicos até então conhecida pelo candidato. Cabe aos concursandos analisarem a proposta, tirarem conclusões e tomarem seu lugar na questão para que, mais na frente, possam comemorar ou lutar pelo que acreditam.

Artigo sobre testagem adaptativa


Teoria e a prática de um Teste Adaptativo Informatizado
GILBERTO PEREIRA SASSI
Universidade de São Paulo
Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação
Av. Trabalhador São Carlense, 400 São Carlos (SP) - Brazil
gpsassi@gmail.com

Abstract. O objetivo deste trabalho é apresentar os conceitos relacionados a Teste Adaptativo Informatizado, ou abreviadamente TAI, para o modelo logístico unidimensional da Teoria de Resposta ao Item. Utilizamos a abordagem bayesiana para a estimação do parâmetro de interesse, chamado de traço latente ou habilidade. Apresentamos os principais algoritmos de seleção de itens em TAI e realizamos estudos de simulação para comparar o desempenho deles. Para comparar os algoritmos de seleção considerados, usamos aproximações numéricas para o Erro Quadrático Médio e para o Vício e também calculamos o tempo médio para o TAI selecionar um item a ser respondido e número máximo médio de itens respondidos até o critério de parada ser alcançado. Implementamos os algoritmos de seleção: Critério de Owen, Critério da Máxima Informação de Fisher e Critério da Máxima Informação Global no Excel/VBA com uma interface com o software R. Estes algoritmos apresentaram os melhores desempenhos segundo os três indicadores usados nesse estudo.
Keywords: Teste Adaptativo Informatizado, Algoritmos de seleção de item, modelo logístico unidimensional, Teoria de Resposta ao Item

Artigo completo em http://www.icmc.usp.br/~posgrad/geral/artigos2012/Artigo_Gilberto_Pereira_Sassi.pdf